
Esse é o caminho que nos leva ao Campo dos Buritis...

O povoado é cheio de casinhas com esculturas na entrada....

Essa é a família da Maria,que também trabalha com as peças em cerâmica...

Esse é o Lorivaldo,que ajuda a mãe a fazer as lindas cerâmicas,que são vendidas na Associação...

Aqui é um forno onde são queimadas as peças de cerâmica...
Saimos de São Gonçalo rumo à Diamantina,estava uma chuva medonha, a estrada de terra era estreita e escorregadia.se não estivesse chovendo,em meia hora estaríamos lá,mas levamos quase duas horas.
Se não tivéssemos de perua,não teríamos passado naquela estrada...era tanta chuva,que chegou num ponto que nem sabíamos onde estávamos,se era na estrada ou no acostamento,aliás barranco...kkk...encontramos vários carros atolados pelo caminho,mas tínhamos que seguir viagem,pois corríamos o risco de não sair de lá tão cedo.Quando chegamos à Diamantina,abriu aquele sol,vai entender...rsss...
Almoçamos por lá e subimos para Turmalina...
Chegamos à tardezinha na cidade...é uma cidade de pessoas simpáticas,nos hospedamos num Hotel ao lado da igreja Matriz: Hotel Ágata...de todas as cidades que nos hospedamos,foi lá que mais gostamos e a diária era bem acessível,ficamos em alguns hotéis em outras cidades,que eram caros e não tinha a qualidade que esse nos ofereceu.O café da manhã era farto,aqueles pães de queijos quentinhos..hummm..deliciosos..à noite fomos comer pizza,já fizemos amizade na cidade,o mineiro é hospitaleiro,faz questão de te receber bem.
No dia seguinte começamos os passeios.Fomos conhecer as Associações de Artesãos do barro.
Ah! fiquei enlouquecida por tudo que vi...
Primeira Comunidade:dos Buritis...
Precisamos prestar muita atenção,porque vc entra numa plantação de eucaliptos e se vc não tiver cuidado,acaba se perdendo,tem que ficar atento às placas.
Chegamos no Povoado,simples com casas simples,mas depois que o SEBRAE os apoiou,começaram a melhorar um pouco mais as suas vidas,dá para notar por algumas casas novas em construção.Mas é tudo muito pobre,chegamos num dia que as mulheres estavam numa alegria tão grande, que ficamos até emocionados...porque fazia 9 mêses que não caia uma gota sequer de água por lá.E na noite anterior chovera muito,no dia seguinte as mulheres sairam correndo para plantar sementes no fundo do quintal de suas casas.Nunca vou esquecer o rosto daquelas mulheres sofridas e castigadas pela seca que assolava a região.Fui até convidada por elas para capinar juntas.Falavam que tínhamos ido levar chuva para eles.
Começaram a plantar mandioca e sementes de milho e feijão.Riam,choravam e algumas cantavam músicas religiosas,agradecendo a Deus pela chuva abençoada.
Andamos a pé,entre as vilas de casas e conhecemos a D.Maria,que fazia peças lindas...todas tem no fundo do quintal um forno onde são queimadas as peças.
A simplicidade dessas mulheres guerreiras,as famosas viúvas da seca, é de emocionar qualquer pessoa que as conhece.Um menino fez questão de nos acompanhar até à Associação...ah! o que era aquilo?Nunca vi nada tão bonito na minha vida...aquilo sim que é uma arte sem proporções...pessoas que nunca estudaram,nunca sairam daquele lugar para aprender técnicas de como lidar com o barro,poderiam fazer peças tão lindas,tão bem elaboradas,rostos de porcelana,retratando um casamento,ou um nascimento de uma criança,uma mãe amamentando seu filho...não ,voces não fazem idéia do que vimos por lá...jamais esqueceremos...