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Sou Sonia Novaes,Artista Plástica. Gosto de fotografar a natureza,os pássaros,o cotidiano. Gosto de poesias,escrevo alguns contos das viagens que faço e adoro culinária. Adoro fazer novas amizades e tenho muito carinho,por todos que conheço. Trabalho com artesanatos,cerâmica,patch sem agulha e tear manual. Confecciono colares e brincos de fuxicos. Certas palavras podem dizer muitas coisas; Certos olhares podem valer mais do que mil palavras; Certos momentos nos fazem esquecer que existe um mundo lá fora; Certos gestos,parecem sinais guiando-nos pelo caminho; Certos toques parecem estremecer todo nosso coração; Certos detalhes nos dão certeza de que existem pessoas especiais, Assim como você que deixarão belas lembranças para todo o sempre: Vinicius de Moraes

domingo, março 23, 2008

Viagem ao Vale do Jequitinhonha...

Esse é o caminho que nos leva ao Campo dos Buritis...
O povoado é cheio de casinhas com esculturas na entrada....
Essa é a família da Maria,que também trabalha com as peças em cerâmica...
Esse é o Lorivaldo,que ajuda a mãe a fazer as lindas cerâmicas,que são vendidas na Associação...
Aqui é um forno onde são queimadas as peças de cerâmica...

Saimos de São Gonçalo rumo à Diamantina,estava uma chuva medonha, a estrada de terra era estreita e escorregadia.se não estivesse chovendo,em meia hora estaríamos lá,mas levamos quase duas horas.
Se não tivéssemos de perua,não teríamos passado naquela estrada...era tanta chuva,que chegou num ponto que nem sabíamos onde estávamos,se era na estrada ou no acostamento,aliás barranco...kkk...encontramos vários carros atolados pelo caminho,mas tínhamos que seguir viagem,pois corríamos o risco de não sair de lá tão cedo.Quando chegamos à Diamantina,abriu aquele sol,vai entender...rsss...
Almoçamos por lá e subimos para Turmalina...
Chegamos à tardezinha na cidade...é uma cidade de pessoas simpáticas,nos hospedamos num Hotel ao lado da igreja Matriz: Hotel Ágata...de todas as cidades que nos hospedamos,foi lá que mais gostamos e a diária era bem acessível,ficamos em alguns hotéis em outras cidades,que eram caros e não tinha a qualidade que esse nos ofereceu.O café da manhã era farto,aqueles pães de queijos quentinhos..hummm..deliciosos..à noite fomos comer pizza,já fizemos amizade na cidade,o mineiro é hospitaleiro,faz questão de te receber bem.
No dia seguinte começamos os passeios.Fomos conhecer as Associações de Artesãos do barro.
Ah! fiquei enlouquecida por tudo que vi...
Primeira Comunidade:dos Buritis...
Precisamos prestar muita atenção,porque vc entra numa plantação de eucaliptos e se vc não tiver cuidado,acaba se perdendo,tem que ficar atento às placas.
Chegamos no Povoado,simples com casas simples,mas depois que o SEBRAE os apoiou,começaram a melhorar um pouco mais as suas vidas,dá para notar por algumas casas novas em construção.Mas é tudo muito pobre,chegamos num dia que as mulheres estavam numa alegria tão grande, que ficamos até emocionados...porque fazia 9 mêses que não caia uma gota sequer de água por lá.E na noite anterior chovera muito,no dia seguinte as mulheres sairam correndo para plantar sementes no fundo do quintal de suas casas.Nunca vou esquecer o rosto daquelas mulheres sofridas e castigadas pela seca que assolava a região.Fui até convidada por elas para capinar juntas.Falavam que tínhamos ido levar chuva para eles.
Começaram a plantar mandioca e sementes de milho e feijão.Riam,choravam e algumas cantavam músicas religiosas,agradecendo a Deus pela chuva abençoada.
Andamos a pé,entre as vilas de casas e conhecemos a D.Maria,que fazia peças lindas...todas tem no fundo do quintal um forno onde são queimadas as peças.
A simplicidade dessas mulheres guerreiras,as famosas viúvas da seca, é de emocionar qualquer pessoa que as conhece.Um menino fez questão de nos acompanhar até à Associação...ah! o que era aquilo?Nunca vi nada tão bonito na minha vida...aquilo sim que é uma arte sem proporções...pessoas que nunca estudaram,nunca sairam daquele lugar para aprender técnicas de como lidar com o barro,poderiam fazer peças tão lindas,tão bem elaboradas,rostos de porcelana,retratando um casamento,ou um nascimento de uma criança,uma mãe amamentando seu filho...não ,voces não fazem idéia do que vimos por lá...jamais esqueceremos...

2 comentários:

Betechef disse...

olá Sônia!
Lindas cerâmicas!Como sempre você esse jeitinho todo especial de nos brindar com tantas coisas lindas.
Ah, Sõnia a família de minha mãe é do Vale do Jequitinhonha, só depois se mudaram para Dom Cavati, uma cidadezinha perto de Governador Valadares.É uma pena que agora nossos parentes de Minas, foram para Rondônia e já faz muito tempo que não os vejo.Lá também tinha um fogãozinho a lenha que muitas vêzes ajudei a pintar com barro branco. Tenho muitas saudades e lembranças maravilhas destes tempos.
Olha adorei a receitinha da sopa, meu filho mais novo está com a garganta super inflamada e não está comendo quase nada. Ontem fiz uma canjinha e já estava se sem opções. Vou aproveitar a receitinha e fazer que parece mesmo deliciosa.Quanto ao mnagarito, ainda não conhecia, aproveitei dei uma pesquisada sobre essa raiz. Aprendi que é uma raiz da família do inhame e do cará. É muito nutritivo, pois tem um alto teor de pró-vitamina A.

Olha que receita legal, peguei no site da Ama Maria

Ingredientes:
1 kg de mangarito
- 2 kg de galinha caipira
- 2 xícaras de arroz
- 1 xícara de óleo
- 1 litro de água quente
- 2 tomates
- 2 pimentões
- 1 dente de açafrão
- Gengibre
- Manjericão
- Alecrim
- Louro
- Cheiro-verde
- Alho
- Cebola
- Sal
- Pimenta
Preparo:
Cozinhe o mangarito para soltar a casca. Para refogar a cebola, o
alho, o gengibre e o açafrão, você pode usar óleo de pequi.

Coloque a galinha semi-cozida e acrescente 1 litro de água
quente.

Quando a carne começar a amolecer, coloque mais 1 litro de água
quente e misture o arroz e o mangarito. Mexa para não grudar.

Quando o arroz estiver no ponto, ponha o resto dos temperos.
O prato demora quase 2h para ficar pronto. Só a galinha caipira
levou uma hora para cozinhar.
Será que eu encontro aqui no Rio pra eu comprar?
Vou falar do mangarito lá blog, deve ter muita gente que também não conhece.
Beijinhos pra ti!

. disse...

Bete

Já falei para meu marido que tenho que voltar mais uma vez ao Vale.Acho que alguma coisa de mim ficou por lá...rsss...
Todas as cidadezinhas que tínhamos acesso entrávamos.Conheci pessoas maravilhosas,uma vida simples,embora houvesse tantas pessoas pobres,não vi ninguém lastimar e nem blasfemar.Continuarei a contar o restante da viagem e vc poderá ler e ver o quanto me apeguei naquelas pessoas,e quando eu fizer todo o trajeto novamente,voltarei por Governador Valadares.Voltamos por Montes Claros,vc conhece?
Maravilhosa...e Sete Lagoas,o que era aquilo?
Obrigada tb pela receita,lembro que o mangarito tinha uma cor alaranjada,parecia cor de açafrão.
Não conheci essa cidadezinha que vc citou,mas vou procurar no mapa.Falar em mapa...aqui em casa só dá mapa de Minas...rssss...mas é lá que vou mais,uai.
Amanhã mesmo vou beber água em Córrego do Bom Jesus...
Até...e beijos.

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